DICA K – AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DE SOJA COM A APLICAÇÃO DE BIOESTIMULANTES

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A utilização de bioestimulantes proporciona incrementos no desenvolvimento vegetal embora poucos estudos tenham abordado aspectos fisiológicos da soja relacionados à aplicação destes produtos. Um experimento com a cultura da soja foi instalado com o objetivo de avaliar o uso de um bioestimulante composto por citocinina, ácido indolbutírico e ácido giberélico via sementes ou via foliar em diferentes estádios fenológicos de duas cultivares, sendo uma cultivar convencional (Conquista) e outra geneticamente modificada (Valiosa RR).

Os tratamentos foram constituídos de cultivares, aplicações do produto via sementes na dose de 6 mL do produto comercial por quilo de sementes, via foliar na dose de 0,25 L do produto comercial por hectare, nos estádios V5 , R1 e R5 , e a combinação desses fatores no total de 30 tratamentos para avaliar a altura de plantas, altura de inserção da primeira vagem, número de ramos por planta, de vagens por planta e de grãos por vagem. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro repetições.

A cultivar convencional proporcionou maior produção de grãos do que a cultivar transgênica. A utilização do bioestimulante incrementou o número de vagens por planta e a produtividade de grãos, e os resultados para aplicação via sementes e via foliar não diferiram entre si. Na produtividade de grãos, o tratamento com bioestimulante proporcionou aumento de 37% em relação à testemunha.

O bioestimulante aumenta o número de vagens por planta e produtividade de grãos tanto em aplicação via sementes quanto via foliar, confirmando a hipótese deste estudo. Todavia, a maior produtividade não está relacionada ao maior crescimento da parte aérea, considerando-se a altura das plantas, ramos por planta, altura de inserção da primeira vagem. Em relação ao aumento da produtividade, o bioestimulante é mais efetivo quando aplicado na fase reprodutiva.

INTRODUÇÃO

Alterações na concentração hormonal de tecidos podem mediar toda uma gama de processos de desenvolvimento das plantas, muitos dos quais envolvem interações com os fatores ambientais (CROZIER et al. 2000). Na maioria das plantas, o crescimento da gema apical inibe o crescimento das gemas axilares, fenômeno denominado de dominância apical. A auxina, hormônio sintetizado nos meristemas apicais é responsável por este fenômeno, também pelo crescimento das plantas, influenciando diretamente nos mecanismos de expansão celular. As citocininas são ligadas à senescência foliar, mobilização de nutrientes, também à dominância apical, formação e atividade dos meristemas apicais e desenvolvimento floral. A função das giberelinas está associada à promoção do crescimento caulinar. Plantas submetidas a aplicação de giberelinas podem ser induzidas a obter maior crescimento na sua estatura (TAIZ e ZEIGER, 2004).

SANTOS et al. (2005) analisaram doses de produto bioestimulante composto por citocinina, ácido indol butírico e ácido giberélico em aplicação via sementes em algodoeiro e observaram incremento na área foliar, altura e crescimento inicial de plantas. Segundo os autores, o bioestimulante aplicado via sementes é capaz de originar plântulas mais vigorosas, com maior comprimento, matéria seca e porcentagem de emergência em areia e terra vegetal proporcional ao aumento de doses do produto. Também CARVALHO et al. (1994), estudando a aplicação de fitorreguladores em algodoeiro concluíram que estes proporcionam aumento de peso do capulho e dos grãos.

Alguns pontos negativos são atribuídos ao uso de cultivares de soja resistentes ao glifosato. Para HARPER (1997) algumas cultivares têm baixo potencial genético para a produção, e em alguns casos, a baixa produtividade está relacionada com injúrias do herbicida na soja. De acordo com CASTRO (1981), poucos trabalhos abordam aspectos fisiológicos da planta de soja relacionados à aplicação de reguladores vegetais que são um manejo promissor para essa cultura. Informações sobre os efeitos destes produtos na soja poderiam fornecer elementos fundamentais para estudos posteriores sobre a utilização agronômica dos reguladores vegetais. Para LARCHER (2006), a ação de hormônios vegetais depende do estádio de desenvolvimento e da atividade da planta, de estímulos externos, da parte da planta que está recebendo o estímulo e do tempo deste impacto.

No Brasil, algumas culturas já atingiram altos níveis tecnológicos alcançando alta produtividade e já não estão condicionadas por limitações de ordem nutricional ou hídrica, o que tem levado ao emprego de biorreguladores, que podem ser compensadores além de econômicos (CASTRO, 2006).

Os hormônios vegetais são moléculas presentes em quantidades vestigiais, e mudanças na concentração hormonal e na sensibilidade dos tecidos podem mediar uma ampla gama de processos de desenvolvimento nas plantas, muitos dos quais envolvem interações biossintéticas, catabólicas que, juntas, controlam a homeostase dos hormônios vegetais (CROZIER, 2000). Os efeitos isolados dos hormônios vegetais foram bastante estudados e já conhecidos, sendo apresentados efeitos positivos e negativos de acordo com as quantidades aplicadas, períodos de aplicação, região de aplicação e culturas. No entanto, o efeito de alguns hormônios em conjunto é desconhecido, e visto das propriedades promissoras destas moléculas em culturas que já atingiram alto nível tecnológico são necessários maiores estudos.

A hipótese deste estudo é de que o bioestimulante promoverá aumento da produtividade da soja devido ao maior crescimento da planta. Adicionalmente, a ação dos hormônios vegetais é variável conforme o estádio de desenvolvimento, sendo mais efetiva logo na emergência das plântulas e no desenvolvimento inicial.

Tendo em vista a obtenção de aumento de produtividade, este estudo objetivou avaliar a produção de grãos de soja em função da aplicação de um bioestimulante com a seguinte composição: 0,009% de cinetina, 0,005% de ácido giberélico e 0,005% de ácido indolbutírico, aplicado via sementes e via foliar em três estádios fenológicos da cultura, V5 , R1 e R5 , em duas cultivares, sendo uma cultivar convencional (Conquista) e a outra geneticamente modificada (Valiosa RR).

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Fonte: BERTOLIN, DANILA COMELIS; SÁ, MARCO EUSTÁQUIO DE; ALF, ORIVALDO; FURLANI JUNIOR, ENES; COLOMBO, ADRIANA DE SOUZA; CARVALHO, FRANCIELLE LOUISE BUENO MELO DE. AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DE SOJA COM A APLICAÇÃO DE BIOESTIMULANTES. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/downloads/120374.pdf

 

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