A mosca-branca é uma praga agrícola que ataca uma infinidade de culturas importantes no Brasil. Além de causar danos diretamente à planta, indiretamente ela promove a ocorrência do fungo fumagina e também é vetor de diversos vírus.
O uso de defensivos agrícolas é o método mais utilizado para controle da mosca-branca. Contudo, o manejo incorreto pode causar resistência de algumas linhagens e comprometer a eficácia do método. Então, uma alternativa para o controle é a utilização de inimigos naturais, como é o caso dos ácaros predadores da família Phytoseiidae.
Recentemente, um estudo pioneiro realizou experimentos com cinco populações brasileiras de fitoseídeos (Amblydromalus limonicus, Amblyseius herbicolus, Amblyseius largoensis, Amblyseius tamatavensis e Neoseiulus tunus) como candidatos para o controle da mosca-branca. No segundo estudo, experimentos mais refinados foram conduzidos para avaliar o potencial da população brasileira de A. tamatavensis no controle.
Os resultados dos dois estudos mostraram que populações brasileiras das espécies A. herbicolus, A. tamatavensis e N. tunus são promissoras como agentes de controle biológico da mosca-branca, principalmente A. tamatavensis. Este predador foi capaz de promover reduções significativas das populações da praga em comparação com as densidades em plantas nas quais o predador não havia sido liberado.
Portanto, a utilização de inimigos naturais é uma alternativa promissora no controle da mosca-branca, além de favorecer a conservação e o uso sustentável dos recursos biológicos. Mas, para a utilização é necessário o prévio registro e cadastro junto aos órgãos competentes, assim como a recomendação de um profissional habilitado.
