A decisão sobre a época de semeadura do milho impacta diretamente nos resultados do grão. No Brasil, a escolha é feita com base na distribuição das chuvas, já que essa cultura necessita da disponibilidade hídrica para se desenvolver corretamente. Em razão dessa necessidade do grão, a falta ou o excesso de chuvas pode gerar um fenômeno chamado estresse hídrico.
O estresse hídrico é um problema enfrentado pelo produtor desde a implantação da lavoura, pois afeta a germinação das sementes utilizadas, resultando em baixo stand de plantas e causando quebras de produtividade. Isso porque absorção de água por essa cultura se situa entre 500mm e 800mm por ciclo. Além da fase inicial, a deficiência hídrica é crítica nas fases de iniciação floral, desenvolvimento de pendão e enchimento de grãos.
Problemas causados pelo estresse
Conheça alguns dos problemas causados pelo estresse hídrico nas fases de desenvolvimento do grão.
– Fase vegetativa: o déficit de chuvas nessa fase afeta a resistência física do colmo e a capacidade de armazenamento de açúcares, com plantar de menor porte e menor área foliar;
= Pré-pendoamento até R1: é a fase em que a planta demanda muita água. Nessa fase, o encharcamento contribui para a inviabilidade dos grãos de pólen e pode afetar o sincronismo de pendão. Da mesma forma, o déficit hídrico causa o ressecamento dos cabelos da boneca.
– R1 a R3: nesse período, o fenômeno afeta a taxa fotosintética e causa o baixo acúmulo de matéria seca pela planta.
– R4 até maturidade (R6): nesta etapa, o estresse hídrico pode causar a redução do peso dos grãos devido à diminuição da deposição do amido.
Como evitar o estresse hídrico
Prever o clima não é fácil, mas com planejamento é possível minimizar os impactos do estresse hídrico em sua lavoura. O primeiro passo é adotar práticas agrícolas e de manejo para melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, ampliando a capacidade de retenção de água.
O uso de soluções microbiológicas, formuladas com componentes que promovem a mobilidade dos macro e micronutrientes da planta também auxiliam no enfrentamento do fenômeno. Isso porque plantas bem nutridas desde o início do ciclo estarão preparadas para enfrentar o estresse com menos perdas.
FONTES
https://oblogdomilho.wordpress.com/2016/07/14/estresse-hidrico-e-produtividade/
