O aumento das tarifas americanas sobre mais de R$ 200 bilhões em produtos chineses gerou reflexos na economia brasileira. A medida, assinada pelo presidente Donald Trump, é mais um capítulo da guerra comercial entre as duas potências econômicas mundiais, que buscam outros países para suprir suas demandas.
A demanda por soja foi uma delas. Isso porque o grão é o principal produto agrícola que os EUA mandam para a China, um equivalente a quase 10% das exportações americanas. O Brasil, que é o segundo maior produtor mundial de soja, com uma produção anual de 116 milhões de tonelada, viu as exportações crescerem consideravelmente no fim do ano passado. A saca também estava mais valorizada.
Apesar do balanço positivo no primeiro momento, a ordem é agir com cautela. O então ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou temer que a maior demanda externa por soja nacional pressionasse os preços locais e prejudicasse a competitividade brasileira.
Para o ex-ministro, conforme entrevista à agência Reuters, o país ganha em curto prazo, mas em longo prazo pode comprometer o mercado agropecuário brasileiro em razão da queda da oferta interna. Os produtores, apesar da euforia inicial, também estão preocupados com o impacto da colheita, que teve início agora em janeiro.
Gostou do artigo? Deixe suas dúvidas e comentários. Curta e compartilhe.
Fontes: