Nos últimos anos a produtividade da soja no Brasil tem se superado, os índices registram um aumento médio de mais de 1200 kg ha-1. Em algumas regiões os rendimentos médios atingiram 3000 kg ha-1, e alguns grupos de agricultores registrou médias acima de 4400 kg ha-1 atingindo até 6500 kg ha-1.
A maioria dos solos onde se cultiva soja no Brasil tem deficiência de nutrientes ou desequilíbrio entre os nutrientes. Um dos nutrientes mais importantes para a soja é o enxofre (S), a principal função dele é estrutural, na composição de alguns aminoácidos, e por esse motivo, está presente em todas as proteínas vegetais, inclusive enzimáticas e também de forma indireta está envolvido na formação de clorofila.
Os recentes altos rendimentos da soja foram alcançados com suprimento de enxofre via adubo. Para aqueles solos com suspeita ou já deficientes de enxofre, a análise foliar e a análise de solo são recomendadas, incluindo a análise de subsolo.
A análise química do solo para diagnose da disponibilidade de S para a soja se baseia principalmente na determinação dos teores de sulfato. Para a interpretação correta quanto à disponibilidade de S, amostragens da camada superficial (0 a 20 cm) e subsuperficial (20 a 40 cm) devem ser tomadas em pelo menos 20 subamostras.
No que diz respeito às culturas de trigo e milho, onde ocorre sistemas de sucessão e rotação, a soja é a mais exigente em relação ao S, requerendo do solo cerca de 8,2 kg de S para cada tonelada produzida, enquanto o milho e o trigo exigem respectivamente, 2,6 kg e 4,3 kg.
Para o cultivo de soja os solos devem estar em boas condições de fertilidade. Nesse sentido o S é um nutriente fundamental para rendimentos maiores da soja, por ser um catalisador das principais reações que envolvem o fósforo nas transformações bioquímicas na soja.
O enxofre necessário para o cultivo da soja, pode ser obtido de forma imediata com a aplicação do gesso e mantido a sua concentração nos solos com o uso de formulações contendo S.
