Índice de infestação do bicudo-do-algodoeiro cai no oeste da Bahia

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O índice de infestação do bicudo-do-algodoeiro caiu na Região Oeste da Bahia, resultado da Campanha Agora é Guerra, criada com o objetivo de unir a cadeia produtiva para combater o bicudo-do-algodoeiro. Segundo os números apresentados pela Abapa, o índice de infestação do bicudo-do-algodoeiro, nessa safra (2015/2016), baixou cerca de 80% em relação à safra passada (2014/2015), na região oeste da Bahia.

Para o presidente da Abapa, Celestino Zanella, com o envolvimento dos produtores, a Campanha Agora é Guerra tem mostrado a todos que é possível vencer o bicudo. “Podemos ser exemplo para o restante do país. É preciso que todos façam a sua parte. Já vimos em outras épocas, o bicudo devastando lavouras de algodão. Na Bahia nós declaramos guerra e só vamos parar quando alcançarmos a nossa meta de reduzir drasticamente o nível de infestação. Nessa safra, já vimos os números diminuírem relativamente, para a próxima estaremos empenhados em reduzir ainda mais”, avaliou Zanella.

“Nunca estivemos tão perto de vermos resolvido o problema do bicudo, na Bahia, de forma racional e sustentável. Tudo indica que estamos no caminho certo, e mais do que isto, poderemos até oferecer um modelo de sucesso para o Brasil. Bicudo que não nasce, não dá custo, nem prejuízo”, disse o diretor da Abapa, coordenador técnico do Programa Fitossanitário da Abapa, Celito Missio.

 

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Custos e prejuízos

O bicudo-do-algodoeiro tem uma média de custo de R$1.638,00 por hectare, durante o ano. O que representa um custo total de aproximadamente R$ 400 milhões, levando em consideração a área de cultivo da região oeste da Bahia.

Em relação às aplicações para controle, na safra 2014-2015, foram realizadas uma média de 22 aplicações, numa área de aproximadamente 300 mil hectares, o que gerou um custo de cerca de R$193 milhões, sem contar outras perdas por conta dos danos causados pela praga. Nessa safra, com o advento da Campanha Agora é Guerra, o número caiu para uma média de 12 aplicações, numa área de 227 mil hectares.

 

Manejo integrado

O pesquisador da Embrapa, José Ednilson Miranda, falou sobre a importância do Manejo Integrado do bicudo-do-algodoeiro e ressaltou sobre a eficácia da Campanha. “A Bahia já foi exemplo para o país, na luta contra a helicoverpa, e está no caminho de vencer o bicudo. Hoje, vemos produtores otimistas, e de guerra declarada contra o bicudo. A Embrapa tem algumas ideias de trabalho, algumas soluções de manejo, que aliado ao que os produtores têm desenvolvido hoje, aqui na região, e que já funciona, trarão grandes resultados”, disse Miranda, apresentando soluções para o melhor manejo da praga.

 

A campanha

A Campanha Agora é Guerra começou em outubro de 2015, com o objetivo de definir ações imediatas para controle do bicudo-do-algodoeiro, com foco nos núcleos regionais, formados a partir da integração dos produtores de algodão, de uma mesma sub-região, que se comprometeram em seguir, de maneira organizada, um plano técnico com medidas eficazes, contra o bicudo-do-algodoeiro. Nessa campanha, os núcleos têm como líderes, os próprios produtores escolhidos em reunião, que são os responsáveis pelas reuniões, tour nas fazendas vizinhas, com a finalidade de debater as boas práticas agrícolas das propriedades da área, e outras ações.

Participam da Campanha produtores, consultores, gerentes, engenheiros agrônomos, técnicos e colaboradores dos núcleos de produtores de algodão. A ação faz parte do Programa Fitossanitário da Abapa, que conta com a parceria do Programa Fitossanitário da Bahia, Embrapa, Adab, Fundeagro, e Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

 

Fonte: Abapa

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