Aplicar adequadamente os fertilizantes é uma das estratégias para aumentar a produtividade e a eficiência no uso dos mesmos. O conhecimento da época adequada de uso de determinados micronutrientes, nas fontes e doses adequadas, pode garantir o funcionamento pleno do metabolismo do feijoeiro, levando a alcançar produtividade máxima.
A aplicação foliar é considerado o melhor método de aplicação dos micronutrientes, tanto para a correção de deficiências, quanto para o rápido fornecimento dos elementos fundamentais para desenvolvimento do feijoeiro.
O período do enchimento de grãos é considerado o mais crítico para a maioria das leguminosas da família Fabaceae podendo conduzir à consideráveis perdas de produtividade. Quando as raízes são incapazes de absorver as quantidades necessárias de nutrientes do solo por qualquer razão, a aplicação foliar é uma forma efetiva de correção.
Considerando o ciclo rápido do feijão (65 a 110 dias), a correção rápida das possíveis deficiências nutricionais é de extrema importância para garantir o máximo potencial produtivo.
O feijoeiro é uma planta exigente do ponto de vista nutricional, sensível a fatores climáticos extremos, pragas e doenças. O feijoeiro também é uma espécie com pouca tolerância a estresses hídricos severos, além da própria arquitetura da planta ser deficiente, apresentando um sistema radicular limitado.
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Em ensaios com a adubação foliar feita por aplicações de NPK + micronutrientes quelatizados, verificou-se aumento na produção de feijão da ordem de 24% quando em ausência de adubação radicular (solo).
Nas aplicações foliares feitas no início do florescimento, os nutrientes mostram-se capazes de reduzir a queda dos botões florais. Ao repetir-se a aplicação 2 a 3 semanas depois, houve o desenvolvimento de todas as sementes da vagem. O feijão responde muito bem ao zinco, cálcio, boro, manganês, molibdênio e ao nitrogênio, quando aplicado via foliar.
O manejo nutricional foliar garante:
- Melhor germinação e maior uniformidade de estande;
- Maior fixação biológica do nitrogênio;
- Nutrição mais balanceada e equilibrada;
- Maior tolerância aos estresses ambientais e dos defensivos agrícolas;
- Maior desenvolvimento radicular e vegetativo;
- Maior produtividade e rentabilidade ao produtor.