A colheita de algodão no Oeste da Bahia já está na reta final e já chega aos 80% com uma produtividade atingindo a média de 320 arrobas por hectare. E isto tem deixado os produtores muito satisfeitos com os resultados e qualidade da fibra.
De acordo com a ABAPA, temos a previsão de uma produção total de 1,2 milhão de toneladas de algodão (caroço e pluma), 300 mil a mais que na última safra, que já é a segunda maior safra colhida no estado.
Para facilitar a leitura deste artigo ele foi dividido em alguns tópicos.
- A colheita do algodão continua crescendo no Oeste da Bahia.
- A produtividade média das lavouras é considerada recorde pela segunda safra consecutiva.
- Com a colheita na reta final, a Bahia tem ainda certificado como sustentável mais de 75% da sua produção de algodão.
A colheita do algodão continua crescendo no Oeste da Bahia
A região Oeste planta 96% da produção de algodão da Bahia, que é hoje o segundo maior produtor da fibra no Brasil, e está atrás somente do Mato Grosso.
Os produtos plantados nesta safra, em uma área total de 263.962 mil hectares em toda a Bahia.
Representando um incremento de área de 30,77% em relação à safra passada.
A atual safra de algodão da Bahia deve abastecer principalmente a indústria têxtil brasileira, sendo o restante dela, cerca de 40%, destinada para o mercado externo para os países asiáticos.
O prazo limite que a colheita na Bahia deve acontecer é até o dia 20 de setembro, quando temos o início do período do vazio sanitário do algodão, e os cotonicultores já devem ter eliminados todos os restos culturais do campo para evitar a proliferação do bicudo do algodoeiro.
A produtividade média das lavouras é considerada recorde pela segunda safra consecutiva
A produtividade média das lavouras é considerada recorde pela segunda safra consecutiva com uma média de 320 arrobas/hectare. E os motivos por isto ter ocorrido é por causa das chuvas regulares e do trabalho consistente desenvolvido em campo no combate a pragas, por meio do programa fitossanitário da ABAPA.
Com a previsão da regularidade do ciclo de chuvas e da cotação do mercado, na próxima safra de algodão já podemos prever um crescimento de área, saindo dos 263 para 313 mil hectares, em um incremento de 20%.
E há dois anos vem acontecendo esse encontro entre grande produção e bom preço, o que ajuda os agricultores a recuperarem os prejuízos dos anos de estiagem. – Segundo o Júlio Busato que é o presidente da entidade.
“Felizmente, pelo segundo ano consecutivo, há o encontro entre produção e do preço, e a oportunidade de reduzirmos nosso endividamento, voltando a crescer, trazendo de volta para a região os empregos e a renda momentaneamente perdidos”, afirma Busato.
E segundo o próprio Busato, a expectativa é que gradualmente no prazo das três próximas safras, a região possa retornar à capacidade instalada para a produção da fibra que era de 400 mil hectares.
Isto antes da crise de chuvas e de pragas que reduziram a produtividade gerando uma grande descapitalização e também o aumento no endividamento dos produtores.
Com a colheita na reta final, a Bahia tem ainda certificada como sustentável mais de 75% da sua produção de algodão.
Com a colheita na reta final, a Bahia ainda garantiu a sustentabilidade da sua produção, pois teve 75,6% do produto certificado como sustentável pelo programa Algodão Brasileiro (ABR) da Associação Baiana dos produtores de Algodão (ABAPA), que atua com o licenciamento pela entidade suíça, Better Cotton Iniciative (BCI).
Essa entidade atesta a adoção sistemática de critérios socioambientais pelas propriedades de algodão em todo o mundo.
E nesta safra de 2017/2018 foi certificado um total de 191.586,00 hectares de área, abrangendo 53 propriedades de agricultores que comprovaram excelência em parâmetros mundiais de boas práticas sociais e ambientais, e também com respeito aos trabalhadores no campo, a exemplo do cumprimento de normas de saúde e segurança, e da legislação trabalhista e de preservação do meio ambiente.
“Diante dos resultados favoráveis dos produtores frente ao mercado consumidor, existe o interesse dos demais produtores para obterem a certificação. A partir do momento que a fazenda começa a inserir as práticas sustentáveis na rotina, eles percebem os benefícios na gestão como um todo, melhorando também os processos administrativo, contábil e de gestão do empreendimento”, explica Bárbara Bonfim – Coordenadora do programa área de sustentabilidade da ABAPA.
Ela afirma que há um crescimento constante da produção de algodão certificada no Oeste da Bahia.
E desde o início dos trabalhos do ABR, em 2011, completa, “houve uma evolução considerável nos últimos seis anos, quando a certificação dos produtores baianos saiu de 21,1% para os atuais 75,69%”.
E no processo de certificação da safra 2017/2018, foram realizadas visitas técnicas para checar 179 itens ligados ao respeito à legislação e critério sustentável na produção agrícola, que será seguido pela elaboração e execução de um plano para atender as não conformidades e a contratação de uma auditoria externa para certificação. Garante Júlio Cézar Busato.
“Estamos avançando nos pilares social e ambiental, de respeito aos colaboradores e ao meio ambiente, apoiando os nossos associados nesta certificação. Como entidade, oferecemos para quem trabalha no setor a capacitação, principalmente em segurança, por meio do Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia da ABAPA, e estamos investindo mais de R$ 500 mil para apoiar a recuperação de nascentes de rios em 11 municípios da nossa região”, pontua o dirigente da ABAPA.
E segundo ele, que também é um produtor de algodão certificado, o programa de sustentabilidade da entidade vem acompanhando as ações de excelência técnica dos produtores de algodão no campo, que nesta safra 2017/2018, atingiu uma produtividade média de 320 arrobas/hectare, consolidando a Bahia como segundo maior produtor de algodão do Brasil.
Fontes:
http://abapa.com.br/noticias/
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