Segundo dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), existem atualmente cerca de 70 empresas especializadas em agricultura digital no Brasil. Só em 2016, o setor cresceu cerca de 70% em relação ao ano anterior e a previsão é de que esse número triplique até o final de 2017.

Contudo esse avanço todo pode não ser tão favorável assim, o especialista em agricultura digital da Pessl Instruments, Bernhard Kiep alerta que o segmento está vivendo uma bolha de crescimento que pode vir a estourar, ou seja, pode acontecer com a agricultura digital, o mesmo que aconteceu com a própria internet em 2000, com empresas quebrando. Para o especialista, não haverá espaço para todos, as empresas que sobreviverão, serão as que oferecem soluções que comprovem a redução de custos no dia a dia do agronegócio e que disponibilizem ferramentas que deem previsibilidade para tomada de decisão no setor.

Segundo Kiep, as soluções precisam ser mais assertivas. “Agricultura digital não é como criar um Waze ou um Uber. No campo, lidamos com plantas, animais, é um ambiente diferente, com muitas variáveis a mais”, acrescentou. Para o especialista, a agricultura digital vai ser democratizada, em fenômeno similar ao que aconteceu com o celular, mas hoje é algo ainda restrito a uma elite produtiva.

 

Fonte: Infomoney